sábado, 12 de junho de 2010

Em plena cerimônia de casamento, homem abandona noiva no altar para fugir da polícia

O cenário era a Igreja de Santo Antônio, no bairro de Santo Antônio, em Campina Grande (PB), onde dezenas de convidados assistiam ao casamento do técnico em telefonia Suélio Clarindo dos Santos, 22 anos, residente no José Pinheiro, e uma jovem de 18 anos. Porém, ninguém imaginava que aquele momento inesquecível para os noivos fosse se transformar em constrangimento, decepção e correria. A polícia armou uma campana para prender Suélio no instante da cerimônia e ele acabou escapando, deixando a noiva abandonada no altar. Ela entrou em estado de choque.

Os policiais chegaram no local por volta das 18h da última quinta-feira, dia 10, no instante em que era realizada a benção das alianças. O fato causou frustração para os policiais que deixaram o noivo escapar, constrangimento para o padre que ficou sem entender o que estava acontecendo e desespero para a noiva. A polícia estava de posse de um mandado de prisão expedido pelo juiz Horácio Ferreira de Melo Júnior, do 1º Tribunal do Júri de Campina Grande. Ele é acusado da prática de um homicídio.

O padre José Hermes, que realizava a cerimônia, pedia as alianças e as mãos dos noivos para fazer a benção. Na oportunidade, Suélio demonstrava nervosismo e as mãos trêmulas. Ele interrompeu a celebração e pediu para ir ao banheiro alegando que estava passando mal. Ele largou a mão da noiva, entregou as alianças ao padre e saiu correndo por uma porta lateral da Igreja.

"Eu notei que ele transpirava bastante e estava com as mãos trêmulas. Pensei que se tratava de nervosismo, um fato comum nos casamentos. Tentei acalmá-lo dizendo que tudo iria dar certo, porém ele pedia para que a cerimônia acabasse logo", relatou o padre. Após sair da igreja, o acusado invadiu a casa paroquial e disse para uma funcionária que estava passando mal. Em seguida ele fugiu. "Tenho dez anos de sacerdócio e durante todo este tempo nunca vi coisa parecida e espero nunca mais ver", afirmou o pároco.

Em seguida, o superintendente da PC, em Campina Grande, Ariosvaldo Adelino de Melo, dirigiu-se ao pároco com alguns agentes para dar explicações. Ariosvaldo informou ao padre que estava aguardando o final da cerimônia para poder dar voz de prisão a Suélio. No entanto, um dos agentes que estava dentro da igreja a serviço da operação foi reconhecido pelo condenado. Após o reconhecimento, ele ficou nervoso e começou a tremer. Em dado momento, o agente saiu da igreja para repassar informações ao superintendente que ficou na parte externa para evitar ser reconhecido, já que mora no mesmo bairro de Suélio. Aproveitando a saída do agente, Suélio fugiu.

Do Diário da Borborema

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